sexta-feira, 19 de agosto de 2011

MODELO EDITORIAL COLABORATIVO


Confeccionar um livro em casa é tão simples e barato, que não precisamos de indústrias para fazê-lo com qualidade. Se unirmos pessoas que sabem fazer livros, distribuídas geograficamente, podemos fazer tudo o que uma editora faz e ainda conseguir muitas vantagens, como inclusão social e conteúdo personalizado.

Partindo do pressuposto de que existam pessoas espalhadas pelo país que sabem encadernar, e que existam escritores interessados em público, a única coisa que devemos fazer é criar uma forma de intercâmbio entre estas pessoas, e entre elas e os leitores.

Uma editora colaborativa é um conceito, não uma instituição.
Assim, não existe apenas uma única forma de associar-se para fazê-la existir.

A idéia básica é que os escritores criem conteúdo, repassem para os encadernadores, e estes, confeccionando o livro-objeto de forma artesanal o enviam ao leitor, diretamente ou a través de uma organização de distribuição relacionada na estrutura.

Basta então criar a estrutura que permitirá esta união, ou seja, o elo que permitirá:

* Que o leitor possa solicitar os livros que quer ler, pagando um preço justo por ele.

* Que o encadernador tenha acesso à obra do autor, de forma que possa imprimi-la e enviá-la ao leitor, recebendo sua parte pelo trabalho exercido.

* Que autor e encadernador possam criar uma relação sadia de cooperação, onde o autor escreve e envia seus livros para os encadernadores, e recebe sua parte a título de direitos autorais.

O processo é simples: o cliente solicita o livro, o encadernador o recebe no formato bruto do autor, imprime, encaderna e envia ao leitor. O leitor paga, e o montante é então repartido entre autor e encadernador.

Em estruturas mais complexas ou maiores, é adequado organizar a distribuição em forma ‘separada’, formando um tripé organizado, encarregado de fazer chegar o produto final ao público em geral.

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